Karine Borges, líder do Capitalismo Consciente em Cuiabá, apresentou, no terceiro e mais recente episódio do podcast “Mais Consciente”, o convidado Geraldo Prado, CEO da rede de lojas especializada em roupas masculinas Casa Prado, uma empresa da indústria da moda já na sua terceira geração de gerenciamento, e que está completando 68 anos em 2023. […]
Karine Borges, líder do Capitalismo Consciente em Cuiabá, apresentou, no terceiro e mais recente episódio do podcast “Mais Consciente”, o convidado Geraldo Prado, CEO da rede de lojas especializada em roupas masculinas Casa Prado, uma empresa da indústria da moda já na sua terceira geração de gerenciamento, e que está completando 68 anos em 2023.
Presente no mercado varejista do Mato Grosso desde 1955, a Casa Prado esteve sempre atenta à sua responsabilidade com a comunidade à sua volta, enfatizando o compromisso com esse olhar humano sobre os colaboradores e ações sociais, e como são cruciais para a perenidade da empresa.
A indústria da moda é considerada uma das mais poluentes do mundo e difíceis de controlar, mas a realização de ações voltadas à conscientização sobre reutilização e longevidade das roupas pode ajudar muito. Durante o bate-papo, Geraldo contou como o ESG (ambiental, social e governança) é estimulado dentro da sua empresa, e enfatizou como como o projeto “Costurando Sonhos” lançado pela Casa Prado faz parte dessa estratégia de atuação.

“Um projeto que a gente fez, que eu acredito que ele casa a estratégia da empresa com o ESG, é um projeto que a gente lançou no ano passado, que é o “Costurando Sonhos”, no qual a gente reaproveita retalhos de ajustes que sobram das peças na loja. São 215 bolsas que a gente já fez a partir desse projeto, só com sobras, só com retalhos. Então, volta na questão da incoerência. Poxa, são 215 bolsas. Se a gente fosse somar todos os retalhos que já sobraram, daria, sei lá, 2 mil bolsas. A gente não consegue fazer 2 mil bolsas, mas a gente iniciou o projeto. São seis mulheres que estão no bairro Jardim Glória II. A gente fez a parceria com a instituição Anjo Miguel, onde eles cederam as máquinas, a gente faz o apoio financeiro, e fazemos como se fosse “renda para essas mulheres”, contou Geraldo, mostrando como a empresa pode juntar a sua atuação ambiental com a promoção de empregos para a comunidade.
Cada vez mais os consumidores se preocupam com a origem dos materiais, e o que está sendo feito na cadeia de produção das empresas, e na indústria da moda em especial. No caso da Casa Prado, ela faz parte da rede “Sou de Algodão”, uma iniciativa que rastreia toda a cadeia de valor na produção do algodão e assegura um material de fontes confiáveis e transparentes.
“A gente procura rede de fornecedores que tem certificação, normalmente a certificação BVTex, que é da Associação Brasileira do Varejo Têxtil, onde você garante que existe qualidade com relação ao trabalho escravo, com relação ao tratamento de rejeitos. Então, hoje a gente tem 17 fornecedores homologados, não são muitos, e desses 17, 6 representam 85% de tudo que a gente produz”. Explicou Geraldo, contando como a empresa toma algumas precauções na hora de fazer negócios. “São fábricas parceiras que são homologadas e que a gente já visitou, que a gente conhece, a gente sabe que tem práticas sustentáveis”, disse.

Apesar de todas essas iniciativas dentro da Casa Prado, Geraldo admite que, quando funcionários novos chegam, não esperam encontrar uma empresa preocupada com a sua responsabilidade social e ambiental. “A gente teve uma contratação nova, e ela já trabalhou em várias empresas, em indústrias grandes. E ela falou “nossa, eu conhecia a Casa Prado de nome e tal, mas não imaginava que uma empresa familiar, local, aqui ia ter essa preocupação”. E acho que, com as pessoas que têm cada vez mais essa consciência, você aumenta mais o fit cultural, né? Com as pessoas que têm essa cabeça do ESG e tal. Lógico que não é todo time que se identifica com isso, mas a gente procura ao máximo plantar essa sementinha dentro da cabeça de cada um quando a gente faz o recrutamento”.

Com isso, deixamos aqui mais um exemplo de como é possível ter iniciativas para a criação de um mercado mais próspero, sustentável e responsável no mundo varejista. O Movimento Capitalismo Consciente pode ser um aliado nesse caminho, assim como é para a Casa Prado, cultivando valores do ESG e colocando-os em prática.
Então para ver e ouvir, nossa host Karine Borges, líder da Filial Regional do Capitalismo Consciente em Cuiabá, conversa com Geraldo José de Prado, CEO da Casa Prado, sobre os desafios do setor da moda quando o assunto é a responsabilidade com a sustentabilidade e inovação.