“O meu filho faz uso de quatro caixas dessas fitas por mês. No mês passado, consegui duas delas. As outras duas eu consegui manter porque nos outros meses a glicemia estava mais controlada. No entanto, nesse mês, a glicemia está mais descompensada e ele vai precisar das quatro caixas. Eu não consegui nenhuma”, conta.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Cuiabá informou que são distribuídos para as unidades de saúde os aparelhos e tiras para controle de glicemia compatíveis à empresa que ganhou a licitação para o período. Os aparelhos são fornecidos por meio de comodato, que é um empréstimo para uso.
Quando acaba a vigência da licitação e uma empresa diferente vence a próxima licitação, os aparelhos são recolhidos e os aparelhos da nova empresa são distribuídos para os pacientes, com as fitas compatíveis.
O município confirmou que, no momento, as tiras estão em falta e afirmou que foi realizado um aditivo no contrato para aquisição, que está sob análise da Secretaria Adjunta Especial de Licitações e Contratos (Saelc).
Assim que o processo for devolvido, será emitida a ordem de compra. A previsão é que nos próximos 15 dias a situação já esteja regularizada.
A mãe diz que para eles as fitas são tão importantes como a insulina.
“Porque sem as fitas não é possível saber se a glicose está alta ou baixa e a aplicação da insulina depende desse teste. Se fizer a aplicação errada, ele pode até entrar em coma. É totalmente vital”, afirma.
Cleusa contou que o orçamento mais em conta feito para manter o acompanhamento do filho durante um mês custa cerca de R$ 1.100 e isso não inclui consultas e exames. Ela também cita a dificuldade com o aparelho que mede a glicemia, já que, muitas vezes eles conseguem a fita, mas não o aparelho.
Fonte: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso