Lúdio critica pedido de empréstimo em dólar e diz que governo se aproveita da pandemia

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    Da Redação – Max Aguiar

    Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

    O pedido para autorização de empréstimo de US$ 56 milhões foi amplamente criticado pelo deputado Lúdio Cabral (PT), líder da oposição, durante sessão extraordinária remota desta terça-feira (5), na Assembleia Legislativa. Inclusive, a proposta, denominada “Mensagem 43”, teve dispensa de pauta aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e agora deverá ser aprovada com mais rapidez.
    De acordo com projeto de Lei, o empréstimo se dará no âmbito do Programa de Apoio à gestão dos Fiscos do Brasil (Profisco), já que a crise financeira e fiscal do Estado impede a capacidade de realização de novos investimentos com recursos próprios para melhoria de serviços ao cidadão, aperfeiçoamento da gestão fiscal e realização de obras de infraestrutura.

    Lúdio é contra. De acordo com ele, o governador está usando o período de pandemia para poder passar pautas que não sejam voltadas à saúde e isso acaba invertendo valores dentro de Mato Grosso.

    “Temos que concentrar dispensa de pauta em matéria que trata da pandemia da Covid-19, em economia do Estado, da proteção que o poder público tem que dar para a população, mas não tem sentido fazer dispensa de pauta um projeto de emprestimo de US$ de 56 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento”.

    Para Lúdio, o governador precisaria “atualizar” seus conhecimentos de empresário e saber que em momento de pandemia não se contrai mais dívidas. Principalmente porque ele está fazendo dívidas e deixando para outros governadores pagarem.

    “O governador sabe que não se contrai empréstimo em situação assim. Já está virando regras ele contrair emprestimo e deixar pra outros governos e aliviar sua barra. Não tem sentido votar dispensa de pauta para liberar isso”, criticou o deputado.

    Na defesa do projeto, o deputado Xuxu Dal Molin (PSC), ressaltou que o estado precisa continuar andando. “Não podemos parar. Temos que continuar produzindo e trabalhando”, comentou.