Da Redação – Fabiana Mendes Foto: Reprodução
“Eu sabia que eles eram todos praticantes de tiro, mas eu não sabia que ele tinha um arsenal de armas em casa e eu muito menos sabia que as armas circulavam em casa de maneira deliberada, armas carregadas. Senão eu nunca teria deixado minha filha frequentar a casa deles”, disse a mãe, em entrevista à reportagem.
Ao delegado Olímpio da Cunha Fernandes Junior, da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), a adolescente que fez o disparo disse que tem intenção de esclarecer o caso e asseverou que o tiro foi acidental.
“Eu não acredito nisso. Eu não estou desmentindo o depoimento dela, mas eu, como mãe, não compreendo de armas, mas acho isso pouco provável. Como o disparo aconteceu justo na cabeça da minha filha? Não poderia ter sido em um braço, na perna?”, questionou a mãe da jovem morta.
O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), que deflagrou uma operação na quinta-feira (16). O delegado Wagner Bassi assumiu as investigações e disse que está sendo apurada a dinâmica do disparo.
“A pistola era modificada, tinha uma alteração para participar de campeonatos. Dessa forma, eles tinham mexido no gatilho e o acionamento dela, era um pouco mais mole. Agora a gente vai verificar se essas alterações permitiram o disparo acidental”, disse Bassi.
Há uma segunda família de atiradores envolvida na tragédia – a do namorado da adolescente que efetuou o tiro, também menor, de 16 anos. Ele foi sozinho à casa da namorada no domingo, levando duas armas, que são do pai dele – um revólver e a pistola 380, da qual saiu o disparo que matou Isabele. O adolescente e o pai ainda não foram ouvidos pela polícia.
Pai da menor que matou a amiga, o empresário Marcelo Martins Cestari, pagou R$ 1 mil de fiança para sair da prisão. Ele foi preso após a polícia encontrar em sua casa sete armas, duas delas sem registro.
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Em nova homenagem, familiares de adolescente morta no Alphaville colocam flores em frente a local do crime
Da Redação – Vinicius Mendes Foto: Reprodução

Vários buquês de flores foram colocados na calçada em frente à casa do empresário Marcelo Martins Cestari, pai da menor que teria efetuado o disparo contra Isabele. Em cada um deles também haviam mensagens comunicando a dor e o luto. “Isa… te amarei e sentirei saudades sua para sempre”, disse Pedro, irmão da adolescente.
As investigações sobre a morte de Isabele ainda estão em andamento. A versão dada pela família do empresário que seria dono da arma, é que o tiro foi acidental. Marcelo e sua filha, autora do disparo, já foram ouvidos pela polícia.
Na última terça-feira (14) amigos e familiares de Isabele fizeram uma homenagem a ela durante o cortejo que levou o corpo da adolescente para o Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá. Ela foi enterrada seguindo os protocolos vigentes em período de pandemia.