Poconé; Você sabe por que a indústria de biocombustível tem crescido em Mato Grosso?

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    Mato Grosso é o maior produtor de etanol de milho do Brasil, responsável por mais de 80% da produção nacional

    (Foto: Christiano Antonucci / Secom MT)

    A desburocratização do acesso às políticas de incentivos fiscais e a alta capacidade de produção têm resultado no  crescimento e destaque nacional da produção do biocombustível em Mato Grosso. Essa é a avaliação do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), César Alberto Miranda Lima.

    O Estado é o maior produtor de etanol de milho do Brasil, responsável por mais de 80% da produção nacional, conforme a União Nacional de Etanol de Milho (Unem).

    “A expectativa do setor para os próximos anos é ampliar para 19 o número de indústrias de etanol no Estado. Atualmente temos 11 usinas. A capacidade de produção de milho em Mato Grosso mais que dobrou em uma década, por causa da produção em duas safras no mesmo ano e da alta tecnologia empregada. Com isso, juntamos a facilidade e a eficiência das políticas de incentivo fiscais com a segurança jurídica, e estamos impulsionando esse setor o a investir no Estado”, explica César Miranda.

    Segundo o secretário, com a implantação dessas novas usinas, Mato Grosso elevará ainda mais a produção de etanol de milho, gerando novos emprego e movimentando a economia.

    “Um exemplo disso é a região norte do Estado, que é interligada pela principal via de escoamento de grãos. Hoje o Norte é responsável por 70% da produção de milho. Das 11 usinas de etanol que temos no Estado, 7 estão instaladas nessa região”, conta.

    Do agro à indústria de biocombustível

    Liderando o ranking nacional de produção de grãos e do etanol de milho, Mato Grosso tem registrado expansão industrial com a implantação de novas usinas, gerando crescimento de novos postos de trabalho.

    Dados do Cadastro de Empregos e Desempregados (Caged) apontam aumento de 12,5% de empregos formais em 2022 no setor, se comparado com o mesmo período em 2021. Em 2021 o Estado contava com 8 mil trabalhadores formais nas indústrias de etanol de milho. Já em 2022 esse número subiu para mais de 9 mil empregos.

    Atualmente, o etanol de milho é uma das fontes de energia de menor impacto ambiental – o biocombustível apresenta uma diminuição significativa na emissão de gases de efeito estufa de mais de 70% comparado a gasolina. 

    O Governo de Mato Grosso projeta ainda mais o crescimento do setor em prol de alcançar a meta sustentável do país na resposta global à ameaça das mudanças climáticas.

    Ao todo, no Brasil, são 18 usinas de etanol de milho em operação, segundo a Unem. Dessas, 11 estão instaladas nos seguintes munícipios mato-grossenses:

    • Lucas do Rio Verde,
    • Sorriso,
    • Sinop,
    • Nova Mutum,
    • Poconé,
    • Nova Marilândia,
    • São José do Rio Claro,
    • Jaciara,
    • Campos de Júlio.

    Dessas indústrias, 3 já estão em fase de ampliação nas cidades de Sorriso (duas usinas) e Campos de Júlio.

    Além dessas, no país, outras 9 usinas também estão em processo de construção. Seis dessas unidades estão sendo instaladas em solo mato-grossense, nos municípios de Sorriso, Ipiranga do Norte, Campo Novo do Parecis, Primavera do Leste, Tabaporã e Vera.

    Indicadores do “Observatório do Desenvolvimento” da Sedec revelam que, apesar da alternativa de biocombustível sustentável ainda ser considerada novidade, o Estado vem alcançando índices de produção do etanol de milho relevantes diante do cenário nacional.

    Na safra 2021/22, o Mato Grosso foi responsável por mais de 85 % da produção do país, alcançando mais de 3 bilhões de litros, superando a produção de etanol derivada da cana-de-açúcar apenas três anos após a implantação da primeira usina exclusivamente de milho no Estado. A estimativa é que o setor atinja cerca de 8 bilhões de litros de biocombustível até 2028.

    Além de Mato Grosso, apenas os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo possuem usinas do biocombustível.

    (Da Assessoria)