Da Redação Folhamax
A herança dos povos originários no Rio de Janeiro e algumas culturas indígenas mato-grossenses compõem o pano de fundo do Cântico Brasileiro Nº 3 – Kamaiura – Remix, da compositora e cantora Maria Rita Stumpf, clipe lançado nesta quinta-feira (26), nas plataformas digitais da artista (assista aqui).
O clipe de ‘ Kamaiura-Remix’ é um canto em defesa dos povos indígenas e foi filmado na cidade do Rio de Janeiro e na Aldeia Topepeweke, no Território Indígena do Xingu, aqui em Mato Grosso. O vídeo foi contemplado no edital Clipes 2021 da Funarj e, para as captações aqui no Estado, recebeu apoio da Coordenadoria de Integração, Cidadania e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (Assembleia Social).
O Cântico Brasileiro Nº 3 já é conhecido dos seguidores da cantora, mas a versão lançada é uma releitura remixada. O clipe tem atuação de Kaingángs e Waujas e o chapadense Henrique Santian assina, junto com Maria Rita, a direção, a edição e o roteiro.
“A Assembleia Social, também gestora do Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, sempre está de portas abertas para apoiar iniciativas culturais, especialmente quando se propõe a valorizar nossos povos tradicionais e as potências humanas e naturais de Mato Grosso”, assinala a coordenadora Daniella Paula Oliveira.
No mesmo dia, nas plataformas de áudio da cantora (https://tratore.ffm.to/vertente), foi lançado o quarto álbum de Maria Rita Stumpf, o “Ver Tente”, que mescla canções autorais e regravações de músicas de Milton Nascimento, de Dorival Caymmi, de Djavan, de Ednardo e de Raul Seixas.
Mais sobre Kamaiura-Remix
A voz potente da cantora, imagens belíssimas do artista visual Henrique Santian e a presença em cena dos povos tradicionais Wauja e Kaingáng encantam, ao mesmo tempo que denunciam a barbárie.
A origem indígena da cidade carioca, definida pelo nome da etnia Kariok, presente entre outras na chegada dos portugueses, a construção dos Arcos da Lapa pelos povos originários em regime de escravidão, a situação atual de risco dos povos indígenas que ali vivem e também daqueles que habitam a floresta, aliados à beleza de sua arte e forma de vida, criam cenas de grande impacto e encanto que, em tempos de pressa e impaciência, nos fazem querer assistir reiteradas vezes ao clipe de 7 minutos e 47 segundos.